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VÍDEO: King pede coexistência, pede diálogo e modelos, alerta sobre “tédio” devido ao conflito político

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A meio do seu discurso, o rei Felipe VI concentrou-se nos desafios que a juventude espanhola enfrenta, manifestando preocupação com a dificuldade de acesso à habitação e a insegurança no emprego causada pela velocidade da tecnologia. Conforme noticiado pela Europa Press, o rei destacou aos cidadãos, durante a sua mensagem de Natal no Salão das Colunas do Palácio Real, sobre a agitação social e os obstáculos que afectam diferentes sectores do país. No seu discurso, alertou para a possibilidade de frustração causada pela tensão contínua no debate político e pela perda de confiança dos cidadãos nas instituições governamentais.

Segundo a reportagem da Europa Press, o chefe de Estado apelou a todos os cidadãos para que participem no reforço da coexistência democrática. Apresentou o processo de Transição como modelo e enfatizou a importância do diálogo, do respeito pelas diferentes opiniões e modelos de atuação no desempenho do serviço público, especialmente dos partidos políticos. Da mesma forma, Felipe VI enfatizou a importância da cooperação internacional como forma de enfrentar os desafios atuais.

No seu discurso, o Rei recordou dois momentos históricos para Espanha recentemente: o cinquentenário do início da Transição Política, provocada pela morte de Franco, e a integração de Espanha na União Europeia, feita oficialmente em 1 de janeiro de 1986. Segundo a Imprensa Europaive, o rei disse que estes dois passos uniram o papel de exemplo de cidadania. Descreveu a Transição como uma “implementação conjunta” resultante da vontade partilhada de todos de construir um futuro baseado no diálogo e na liberdade, e também sabendo que aqueles que o fizeram conseguiram transformar a incerteza num ponto de partida estável, mesmo que o sucesso não fosse garantido.

Felipe VI explicou que deste processo político surgiu a Constituição de 1978, definindo-a como fundamento e sistema que permite a sociedade em toda a sua diversidade. Da mesma forma, apontou a assinatura do acordo de adesão à UE, que decorreu no mesmo local onde proferiu o seu discurso de Natal, como um acontecimento que põe fim à separação de longa data da Europa onde, segundo ele, Espanha partilha princípios, valores e uma visão comum para o futuro. Avaliando os resultados da integração europeia, o Rei afirmou que Espanha tem experimentado o fortalecimento da liberdade democrática, do pluralismo político, da descentralização, de uma maior abertura internacional e do progresso económico e social.

A Europa Press noticiou que o rei contrastou o passado com a situação atual, referindo-se às gerações que viveram a Transição e às que cresceram no quadro da democracia e de plenos direitos. Segundo o chefe de Estado, ambos os grupos fazem parte dos principais alicerces da sociedade atual. Falando da situação actual, admitiu que há um sector importante da população que sente que o aumento do custo de vida limita as opções de progresso, tal como a habitação se mostra como um obstáculo ao desenvolvimento pessoal dos jovens.

O rei confirmou, conforme noticiado pela Europa Press, que a sociedade espanhola enfrenta muitos desafios. Apontou a desilusão social, o descontentamento com as instituições governamentais, o impacto das alterações climáticas e as preocupações com a liderança da nova geração. Ele enfatizou que estes factos não se referem apenas à retórica ou à vontade, mas também à necessidade de vontade, aos esforços a longo prazo e à unidade nacional.

Felipe VI enfatizou que o progresso do país aconteceu quando a sociedade soube identificar e compartilhar objetivos comuns. Descreveu a comunidade como um pilar do projeto democrático espanhol. Lembrou que esta convivência não é um legado insubstituível, que foi construído mesmo num momento difícil há quase meio século, mas sim uma construção “frágil” que exige o trabalho diário de todos os seus membros. Disse que a confiança é o principal elemento para a manutenção deste ideal civil.

Perante a actual crise de confiança na democracia, tanto a nível nacional como internacional, o Rei alertou para as consequências da desinformação, da desigualdade social e da actual desilusão. Segundo a Europa Press, alertou que estes elementos dão origem ao extremismo, ao radicalismo e ao populismo, que representam uma ameaça adicional à coexistência democrática. Disse que não basta lembrar o desastre que aconteceu antes, por isso disse sem rodeios a ditadura de Franco; Ele enfatizou o que precisa ser feito para que a confiança na sociedade não se deteriore.

Na sua mensagem, o rei apelou à reflexão colectiva sobre o papel de cada cidadão no fortalecimento da unidade nacional. Ele encorajou-se a não procurar responsabilidade apenas pelos outros, mas a considerar o que cada indivíduo pode fazer para fortalecer a sociedade. Falando sobre diálogo, respeito na linguagem, escuta de opiniões diversas e exemplaridade do poder público, Felipe VI declarou que a solução exige iniciativa, responsabilidade e comprometimento em todas as esferas.

Um artigo de imprensa publicado pela Europa Press incluiu as palavras do Rei sobre a necessidade de colocar a dignidade humana, especialmente dos mais vulneráveis, como um símbolo central da política ou do espaço público. Lembrou que numa democracia a opinião de alguém não deve tornar-se um dogma e a dos outros não deve ser considerada uma ameaça. Assegurou que o progresso requer acordos, contratos e cooperação e não competição em detrimento de outros.

A mensagem inclui a afirmação de que Espanha é um projeto coletivo que integra interesses e aspirações individuais sob uma visão partilhada do bem comum. Disse que cada período histórico apresenta os seus próprios desafios e embora o actual não seja nem maior nem menor que aquele que a geração anterior superou, a unidade permite-nos enfrentá-lo com certeza. O rei concluiu apontando a força do país, o talento e a iniciativa encontrados na sociedade, e manifestou a sua confiança na capacidade dos cidadãos para atingirem os seus objectivos, desde que se mantenha a unidade e participação de todos neste projecto comum.

A Europa Press disponibilizou no domínio audiovisual a imagem da mensagem, transmitida a partir do Palácio Real.



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