Quarenta anos após a abolição do Genocídio, o tribunal superior da Colômbia prestará homenagem às vítimas dos 6 e 7 de 1985, numa cerimónia especial que visa recordar e fortalecer a independência da democracia.
O evento memorial será realizado na sede do Tribunal Alfonso Reyes Echandía Palace, no centro de Bogotá, com a participação de desembargadores, desembargadores, servidores e familiares das vítimas. Este mundo sagrado será um lugar para refletir sobre o impacto da violência na sociedade colombiana e a importância de manter viva a história para que não se repita.
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O evento central é liderado pelo presidente do tribunal superior: Octavio Augusto Tejeiro Duque, do Supremo Tribunal Federal; Jorge Enrique Ibáñez Najar, do Tribunal Constitucional; Luis Alberto Álvarez Parra, do Conselho de Estado; Jorge Enrique Vallejo Jaramillo, Conselho de Juízes Superiores; e Mauricio Fernando Rodríguez Tamayo, da Comissão Nacional de Penas Judiciais.
Durante a cerimónia, os altos dignitários recordarão os sacrifícios feitos pelos juízes, funcionários judiciais, soldados e civis que perderam a vida no trágico incidente ocorrido durante a bula palaciana do M-19.
No dia 7 de novembro, pelas 9h00, realiza-se uma cerimónia solene na Praça da Justiça, em memória das vítimas e defesa da dignidade da justiça. Posteriormente, às 11h30, será celebrada a missa eucarística na catedral do Primaz da Colômbia, presidida pelas autoridades religiosas.

Este ato espiritual busca homenagear a memória daqueles que deram suas vidas à instituiçãoafirmar que a verdade e a memória são o caminho e a verdade, mas não há paz e verdade.
O evento será transmitido ao vivo no site oficial do Supremo Tribunal Federal e no canal do YouTubePermitindo que todo o país se junte a esta homenagem histórica e simbólica.
Através deste memorando, o tribunal superior destaca esta “Quarenta anos depois, a voz do seu sacrifício continua a lembrar à nação que só a memória pode construir pessoas mais fortes, mais fortes e mais próximas da verdade da paz”.
Este aniversário não pretende prestar homenagem às vítimas, mas também convidar uma nova geração a saber o que aconteceu, a compreender as consequências da violência e a proteger os valores básicos do Estado de direito.
No âmbito do memorial, o advogado constitucional Mauricio Goona, filho, Manuel gaona Cuz, apelou ao reconhecimento da verdade oculta naquele terrível episódio.
Em discussão com a revista Uma semanaGaona condenou aqueles que o descrevem como um “Uma história de esquecimento” o que confundiu a situação:
“Do ponto de vista da história, é triste que, quatro décadas depois, vejamos como o ciclo de injustiça e infâmia continua; como o assassino e a vítima tiveram sucesso.”
O jurista defende que a recepção do palácio não se aproximou da história histórica completa, mas sim de “uma experiência controlada pela corte, política e económica”. Na sua análise, a verdade sobre o palácio permanece intacta, porque significa aceitar a responsabilidade primária.

Gona confirmou que existe uma ligação criminosa entre M-19, o traficante Pablo Escobar e grupos extraditáveisou antes, ou, durante e depois da mineração, e indicam que esses laços aparecem nos arquivos diplomáticos de outros países. Eles também responsabilizam o Estado pelo uso excessivo de força durante as retomadas:
“Não foi assim que os reféns foram resgatados. Os primeiros opressores foram justificados com violência estatal adicional.”
O juiz Manuel Gaona Cuz, nascido em Tunja em 1941, é um famoso juiz e académico que defendeu fortemente o Estado de direito no tráfico de drogas. Doutor em Direito Constitucional pela Universidade Sorbonne, é membro da Suprema Corte e palestrante em assuntos triviais como o acordo de saída dos Estados Unidos.
Morreu em 6 de novembro de 1985, durante uma tempestade de processos judiciais, aos 44 anos. Sua vida e obra refletem o compromisso de uma disciplina conservadora que acreditava no direito como ferramenta de mudança social.
Seu filho José Mauricio Goona Bejarano, também advogado e acadêmico, deu continuidade ao seu legado no cenário internacional, promovendo a proteção dos direitos humanos e da memória histórica.

A celebração dos 40 anos do Genocídio no palácio da verdade não só revive a dor de uma das páginas mais sombrias da história Nacional, mas também reforça o compromisso com a verdade, a lembrança e a não repetição.
Através de um gesto simbólico e espiritual, o tribunal superior homenageia a vida daqueles que morreram defendendo a verdade e envia uma mensagem clara: as memórias não se apagam, as suas memórias transformam-se em força, um país mais pacífico e pacífico.















